Astrologia e Ciclos

Por que é importante conhecermos e nos conectarmos aos ciclos da vida?
Porque é através deles que nós entramos em contato com os nossos corpos, nosso ser espiritual e o mundo a nossa volta, o planeta, e o Universo…
E o que é a vida, senão ciclos dentro de ciclos, em um eterno vir a ser, a evolução acontece através do nosso aprendizado, ciclo a ciclo.
Renascermos em um novo ciclo significa deixarmos de ser aquele ser pequeno que éramos para nos tornar quem somos, ou nos aproximarmos de quem somos, creio que após abandonarmos nossas velhas “carcaças”, eliminarmos os véus de cada ciclo… quando desnudos, mais flexíveis e ao mesmo tempo mais determinados, descobriremos a nossa essência de ser.

Regências Planetárias e ciclos: o Anual e a Regência de 36 anos!

A estrela acima é conhecida como a Estrela do Magos ou Caldaica, um conhecimento que herdamos dos sumérios e caldeus.

Era considerada uma estrela sagrada por ter 7 pontas (Septagrama), sete sempre foi considerado um número sagrado, e essa estrela se faz presente em vários ramos do conhecimento humano, tipo: a Cabala e a Alquimia, que em parte foram mães da ciência atual.

Na literatura antiga, utilizada pela astrologia tradicional, existe apenas o uso da estrela da esquerda, a da direita surge mais tarde, o que difere nelas é o movimento utilizado para movimentar-se de um planeta a outro:

A estrela da esquerda marca a movimentação do ciclo de 36 anos, que tem por base a movimentação pelos braços da estrela, como se a estivéssemos desenhando.

E a estrela da direita, é a que marca a regência planetária anual, e tem um movimento que circula a estrela girando ao redor dela, no sentido horário.

O ciclo mais importante é o ciclo de 36 anos, isso já é demonstrado no seu início e no final. Quando encerramos um ciclo de 36 anos, o planeta que vai reger o ciclo seguinte, rege também o ano do ciclo que se iniciou; e a partir deste se inicia também um novo ciclo de regências anuais, isso faz com que o planeta regente do ciclo de 36 anos inicie com a mesma regência anual e termine com ela mesma.

Para ficar mais claro, eu vou usar como exemplo o ciclo de 36 anos atual.

No ano de 2016 encerrou-se um ciclo de 36 anos que teve seu início em 1981 regido pelo Sol, neste ano o regente anual também foi o Sol. Em 2017 inicia-se um novo ciclo de 36 anos, desta vez regido por Saturno, conforme o quadro da esquerda, mas o regente anual não segue o quadro da direita, se assim fosse, o regente do ano seria Vênus, e em 2017 o regente do ano é Saturno, o mesmo planeta que rege o ciclo mais longo.

 Em 2052 nós teremos o último ano da regência de 36 anos de Saturno e o mesmo será o regente anual. Em 2053 Vênus irá reger o novo ciclo de 36 anos e o ciclo anual, e novamente se repete o que expliquei acima, será Vênus a regente anual, seguindo a regência de 36 anos, não será Júpiter o regente do ano, mas sim Vênus.

Esse ano (2023) temos um ano regido pela Lua, certo? porém a Lua está dentro do ciclo de 36 anos de Saturno, e por isso ela tem menos força do que se estivesse na regência de 36 anos lunar. Nós temos então a Lua regendo 2023, junto com Saturno. O próximo ano (2024) será Saturno o regente do ano, dentro de um ciclo de 36 anos regido por ele, então neste ano podemos sim dizer que o regente anual é Saturno.

Esse texto eu escrevi em dezembro de 2011, estou publicando agora (em 2023) porque, com um frio na barriga, eu vejo acontecendo…

o texto é longo, mas creio valer a leitura, mesmo que somente os parágrafos finais, onde prevejo o que pode vir a acontecer, se não amadurecermos!

Segundo um dos nossos ex-presidentes o Fernando Henrique Cardoso, as crises e mudanças na sociedade moderna se dão como que por “curto-circuito”, segundo ele tudo acontece de forma muito rápida, e ele associou isso a mídia, as redes sociais, e telecomunicações, enfim, a tecnologia.

Qualquer astrólogo, mesmo que principiante, reconheceria nestes dados a cara de Aquário e de seu regente – Urano. Eu diria a cara da Era de Aquário!

Mais alguns dados que nos remetem a uma pré-entrada da Era de Aquário.

Urano é descoberto em 1781, e então a partir daí temos uma série de eventos, vou citar agora alguns, e todos eles resultaram e exigem mudanças de paradigmas, são eles:

1760 – Primeira Revolução Industrial

1789 – A Revolução Francesa com o seu lema: Liberdade, igualdade e fraternidade.

1846 – Netuno é descoberto.

1870 – Segunda Revolução Industrial

1879 – Thomas Edison inventou a lâmpada.

1897 – Thomson, um físico inglês, descobre que o átomo é divisível.

1906 – Santos Dumont ganha os ares com o seu 14 Bis.

1930 – Plutão é descoberto.

Essas datas são todas muito próximas, 150 anos é pouco tempo, quando consideramos o tempo de uma era que é de aproximadamente 2.160 anos. Veja por milhares de anos acreditou-se na existência de sete planetas e agora descobrimos que existem mais três, os céus se ampliaram… e então nós o conquistamos também, pois em 1906 Santos Dumont consegue voar nos céus de Paris com o seu 14Bis.

O mundo material como conhecíamos, também por milhares de anos, muda completamente pois se descobre que o átomo que sempre se acreditou ser indivisível, não o é.

Nossas casas ganham iluminação a noite.

Nós não conseguimos saber com precisão o início de uma era, que são as divisões do “Grande Ano” Maia, estas datas ganham uma complexidade extra, devido ao fato de lidarem com números que não fazem parte de nossa vida, como “saber” ciclos de aproximadamente vinte e seis mil anos (o grande ano) ou mesmo 2160 (uma era)?

Porém todos os assuntos acima dizem respeito a aquário, Liberdade, igualdade e fraternidade é o lema de aquário. Física quântica, planetas exteriores, eletricidade, tecnologia, céu, ar, voar, isso tudo é aquário, sem dúvidas estamos assistindo o surgir de novos paradigmas, os paradigmas de uma nova era.

A era de peixes foi a era da dependência emocional, do amor onde as duas partes da laranja se fundem em uma só, dos ideais no amor altruísta, e onde a paz mundial se atingiria pela via do amor, as religiões eram repletas de dogmas que não eram questionáveis, a fé é que importava e se manifestava via emoção.

A Mente, salvo poucas civilizações, tinha pouca importância, a razão surge na forma negativa do polo oposto ao signo de Peixes, o do signo de Virgem, e vem como dualidade, infelizmente o mais forte foi o lado negativo de Virgem, separou-se definitivamente o sagrado do profano, a vida se dividiu em departamentos, arquivos e caixinhas, e o resultado foi a devastação do planeta.

Porém quando a mudança se torna perceptível, junto vem a crise, o “curto-circuito”, porque as mudanças sempre enfrentam resistências, parte da humanidade não quer sair de sua área de conforto, enquanto parte dela quer a mudança, inúmeras crises surgem, visto que a crise em sua raiz etimológica significa decisão, e a decisão terá que ser tomada, e sim muitos sofrerão com isso.

A “nova era”, palavra que se tornou tão desgastada quanto a palavra Deus, já que ambas foram mal interpretadas e utilizadas, já chegou, não como foi fantasiosamente esperada, mas já estamos vivendo a crise de sua mudança, a dificuldade de se criar e viver novos paradigmas.

Aquário pede o fim da dualidade mente/corpo, matéria/espirito, a descoberta de que o sagrado está no dia a dia e não no sábado ou domingo, a física quântica surge como o ícone desta era, nos mostrando que a matéria não é exatamente o que pensávamos, a base da matéria é não matéria, e ela é impulsionada, ou melhor unida em sua formação por uma partícula “espiritual”, espiritual no sentido de sutil, de não quantificável; o bóson ou bóson de Higgs, como é conhecida essa partícula, independentemente de ser espiritual ou não, quebrou o antigo paradigma do que é, ou melhor, do que era ciência e matéria; a física quântica aproximou a ciência, religião e filosofia. Com o advento desta ciência outro conteúdo aquariano ressurge: a mente sutil; a mente analítica e separatista ganha a companhia do seu lado mais sutil fazendo renascer a “meditação”, que até então era terreno dos místicos.

E como consequência disso tudo ressurge a unidade, a unidade de todas as coisas que nos impulsiona a verdadeira fraternidade, ao respeito pelo diferente, e a voltar nossa atenção para o planeta, ressurge a mãe terra, o nosso berço, sem o qual não há matéria.

Algumas consequências, mudanças que surgiram dos fatos acima:

Impérios, Primeira Revolução industrial, Neocolonialismo, Segunda Revolução Industrial, Primeira Guerra Mundial, Tratado de Versalhes, Império industrial, a Grande Crise, Hitler e a Segunda Guerra mundial.

Estes são todos eventos aquarianos, resultado do lado negativo do eixo Aquário-Leão e de sua imaturidade.

Onde a imaturidade dessa “Nova Era” poderá nos levar:

Sua ânsia autocentrada de ter poder sobre os outros, unida a frieza de uma mente puramente racional que vive o êxtase do conforto tecnológico e financeiro, somado ao desequilíbrio causado pelo romper prematuro de limites e independência pode nos levar a um caos sem limites, algo do tipo adultos e jovens comportando-se como adolescentes, vejo muito disso hoje nas redes sociais, na classe política  e em manifestantes que vão as ruas protestar sem saber exatamente as consequências de suas ações e por que estão protestando…  e este bando de “perdidos” facilmente influenciáveis, é um cenário perfeito para ditadores, poderemos um dia acordar de nossos sonhos e ilusões e descobrir que estamos nas mãos de um novo ditador, que terá muito mais poder do que Hitler teve.

Penso que está mais do que na hora de acordarmos de amadurecermos.

Jaqueline Carvalho Lunardi

Plutão em Aquário!

Plutão (Hades) o temível Deus da morte e do renascimento!

O deus cujos domínios são o escuro e sombrio mundo dos subterrâneos…

Nos trânsitos de Plutão, o mais comum é que ele nos cobre a morte de nosso ego, a morte de nós mesmos na forma como até então nos conhecíamos.

O objetivo das cobranças de Plutão é sempre com o intuito de nos recolocar nos trilhos da evolução.

Temos agora a entrada de Plutão no signo de Aquário, este é mais um novo ciclo dentre tantos outros, que vem acontecendo desde o famoso dia 21/12/2012.

Vou falar de todos eles, mas por hora vou me deter em Plutão, e sua entrada no signo de Aquário.

Sob meu ponto de vista, nós já estamos na era de aquário, porém se não estivermos ainda, estamos em seu limiar, o que torna mais influente ainda essa entrada de Plutão neste signo.

Aquário por sua vez é um signo de ar, um signo que ao mesmo tempo representa a humanidade, tem como lema: a igualdade, a fraternidade e a liberdade, e ainda representa a individualidade; e como signo de ar, está ligado a mente e também a tecnologia.

Para analisarmos este ciclo vamos analisar a última entrada de Plutão em Aquário, ocorrida a 234 anos atrás, entre os anos de 1778 e 1798, anos estes marcados pelo iluminismo, pela Primeira Revolução Industrial e por nada mais, nada menos, do que a Revolução Francesa, que foi um marco na história.

A Revolução Francesa é um ponto muito interessante neste momento, por alguns motivos; o primeiro deles é que tanto os céus de hoje, quanto os céus de novembro de 2024 são muito semelhantes aos céus daquele período, outro ponto é o fato de não ser simples coincidência o lema da Revolução Francesa ser o lema de aquário. E ainda naqueles anos de Plutão em Aquário foi descoberto o planeta Urano, que viria a ser o regente de Aquário, deixando muito clara a amostra da era que estava por vir, para alguns astrólogos ali iniciou a era de Aquário. Ao avaliamos o período todo não podemos nos deter somente nas vitórias, pois ali houve muita dor e sofrimento, houve fome e desespero, não podemos romantizar uma revolução que se deu por toda a situação torturante que era imposta ao povo naquele período, e não podemos pensar que agora será diferente.

Um mestre, um professor, não pode ser condescendente com alunos relapsos, pois do contrário ele só os estaria prejudicando, e assim o faz Plutão, que dos mestres, é o mais severo.

Aquele período, o da Revolução Francesa foi uma amostra do que aconteceria quando no limiar da Era de Aquário Plutão entrasse no signo que marca a era, então o que nos espera?

Bem, na semana em que Plutão entrou em Aquário os franceses estavam nas ruas sugerindo pôr a cabeça do Macron na guilhotina, porque o seu presidente tomou medidas nada democráticas e assim retirando do povo conquistas adquiridas…

Outro sinal são pesquisas recentes que nos mostram que os 10% mais ricos detém 82% da riqueza global e no topo da pirâmide (1%) tem quase metade (45%) de toda a riqueza mundial, deixando para 99% da população os outros 55%, que também é mal distribuída.

Nestes 99% nós temos, não os mais ricos, mas os “muito ricos” e os ricos, que pertencem ao “partido do dinheiro”, que não se importam com o povo e nem com o meio ambiente, entre eles está a classe política, os cargos públicos que fazem parte da sustentação destes políticos, os lobistas e os grandes empresários do “partido do dinheiro”; abaixo deles a classe média, a pobreza e os miseráveis.

O apetite voraz por riqueza e poder fruto da ganância unido a falta de empatia e a falta de instrução do povo como projeto, nos levou a atual crise climática e ambiental.

Reconheço que a cada dia que passa retomarmos o equilíbrio planetário vai se tornando mais difícil, porém nunca impossível!

Voltando a Plutão, seus trânsitos por signo são eventos coletivos, eventos que abrangem a população planetária, mas ele não deixa de pegar nosso mapa individual por casa, ao mesmo tempo que nós não deixamos de ser um ser planetário, e a mudança se faz necessária, se nós não fizermos Plutão o fará, ele vai entrar em nossa vida e nos tirar tudo aquilo que nos dá uma falsa noção de ego, e destruirá nossos apegos, não somente os físicos, alguns que talvez nem saibamos ter.

No mundo ele destruirá as falsas edificações de proteção da velha civilização, destruirá os muros que impedem a igualdade e fraternidade entre as pessoas e os povos, mas isso não vai ser “bonitinho”, porque os poderosos vão resistir e nunca uma mudança causada por Plutão é “bonitinha” ela causa dor e sofrimento… me vem á mente agora uma frase de um indígena norte-americano, Alanis Obomsawin, que diz tudo: “Quando a última árvore tiver caído, quando o último rio tiver sido poluído, quando o último peixe for pescado, vocês vão entender que dinheiro não se come…”

Eu fico estarrecida que ninguém veja isso, que ninguém pense no caminho para o qual estamos nos direcionando…

E eu afirmo, sem essa de cruzar os braços e dizer que não há o que fazer, isso é desculpa, sempre há o que fazer, basta que comecemos a nos movimentar, a nos unir, aquário é fraternidade, é a era que estamos!

Vejo em Aquário duas grandes possibilidades para nos tirar desta roubada, a tecnologia e a fraternidade!

Eu lembro do poder da alma humana, eu lembro da história do centésimo macaco…

Agora, mais do que nunca a nossa união se faz necessária, e temos duas saídas ou nos unimos, nos tornamos fraternos agora, por opção e pela defesa do planeta, ou faremos mais tarde, mas aí em condições tão terríveis, tão insalubres, que nos unirmos será a única opção para talvez nos salvarmos da morte iminente, porque Plutão não conseguir nos reeducar, se o nosso ego estiver tão incrustrado impossível de remover, a solução será literalmente a nossa morte!…

Texto de Jaqueline Carvalho Lunardi